Clínica de Reuperação, Remoção e Internação
Internação Voluntária e Copulsória
A aceitação do tratamento já garante a possibilidade de um grande sucesso na intervenção terapêutica.
COMPULSÓRIA
A escravidão ao vício exerce forte poder sobre o indivíduo que não consegue mais exercer as atividades naturais da vida como: trabalhar, estudar, conviver adequadamente na família, fica desaparecido por dias, perda de interesse pela vida, consome todas as economias para retroalimentar o vício, complicações em atos comprometedores, agressivos e até criminais. Neste caso, o paciente adicto ativo precisa de uma intervenção urgente para se tratar, pois não aceita que está doente e, que não consegue parar sozinho, outras ainda se comprometendo gravemente no crime, e na partida do suicídio mais direto ou não. E, nesse estágio, coloca em risco seus familiares e sociedade também.
A mente já não mais conseguindo frear os impulsos e apelos do vício, se faz importante a intervenção de alguém que o faz parar. Alguém que o ama, que se ama e preserva a vida acima de tudo. E, a internação se faz inevitável para que a vida possa prosseguir.
De fato, internar quem nem se considera necessitado de cuidados é no mínimo complicado, mas certamente significa evitar uma catástrofe maior. A família fica tocada pelo ato que enfrenta comportamentos de revolta, resistências, agressividades verbais ou físicas, lamentos, promessas, entre outras.
A primeira internação compulsória costuma ser mais traumática, pois ela ocorre depois de uma imensidão de comportamentos desajustados e danosos para o adicto e seus familiares, e cansados de tanto tentar tantas coisas sem resultado, só resta pedir a ajuda de uma instituição que possa dar um alívio para aquele sofrimento que se arrasta ao longo dos tempos.
Há muitas lágrimas por ferir internamente, ao ver o ente querido sendo afastado do lar e das expectativas e sonhos que a família nutriu pelo familiar. E, agora presencia a retirada do mesmo no seio parental. Esse pensamento deve ser tratado com o apoio de todos, mas na grande maioria, o clima familiar está degradado e carregado de conflitos nos quais todos estão sozinhos e quebrados internamente também. E uma instituição que possa ajudar nesse processo delicado é o ideal para suportar esse período.
É fato também que com o passar dos dias, após a internação, a família vivencia a paz de saber que o seu familiar está resguardado de uma série de complicações que o tornaria mais vulnerável caso estivesse ainda no convívio social externo. E, passam a acalmar os ânimos, as culpas, os medos, as fantasias, etc. ao passo que o paciente enfrentará a tentativa da equipe que mais uma vez deseja investir em alguém que julga não precisar de internação. E, surpresas acontecem a medida que a desintoxicação vai acontecendo. Vai percebendo que sua revolta é extremada, que pessoas estão querendo ajudá-lo, que não conseguiria parar sozinho, que fizera coisas que envergonha a si mesmo. Muitas vezes, passando a agradecer o ato da internação pressionada por pessoas que o ama. E, se lá está é porque alguém ainda está investindo nele. E, que ainda acredita que vale a pena investir nele(a). Em vários casos ainda é possível verificar uma aceitação muito melhor e adesão ao tratamento se comparado á muitos pacientes que adentram uma clínica por livre e espontânea vontade, mas no decorrer dos dias, quer ir embora, acha que não precisa mais ficar no tratamento, acha que só permitiu a internação por estar sob qualquer pressão para justificar o ato de sua aceitação momentânea, mas internamente não estava querendo de fato se libertar da escravidão do vício. E, não pensa o quanto a família está tocada pela decisão do próprio paciente querer se internar.
E, muitas internações aparentemente voluntárias, há interesses escondidos que querem alcançar, abreviando acontecimentos para chegar ao intuito como; heranças, relacionamentos perdidos, continuar manipulando a família, conseguir algo solicitado á família, manter dependência do grupo ou de alguém em especial, enfim os motivos das internações voluntárias muitas vezes são apenas pano de fachada e que se mostra sua realidade no decorrer dos dias da internação. Observamos as exigências, as indignações, as barganhas, a postura do pobre coitado, usa esse fato de ter vindo para a internação por livre e espontânea vontade e achar que pode ter mais direitos do que outros internos e sobre a família também. Esses fatos são muito intensos, não sendo possível citar todos por hora. Assim como, há internações voluntárias, muito sinceras também.
É preciso lembrar que cada caso é um desafio para ser avaliado e tratado à parte. E, nesse caso, a ajuda da família também vai estabelecendo a estrutura melhor da internação ou rompimento da mesma, por agravar os comportamentos doentes. É preciso que todos estejam conectados na melhoria intima do paciente, assim como a família também, que pode abraçar o tratamento próprio, de modo voluntário e consciente ou apenas compulsório que poderá evoluir para um sucesso ou mais perdas ainda. De ambos os lados, todos precisam levar a sério a internação seja ela o modo que for. E , a equipe vai percebendo claramente as boas ou agravantes atitudes da família, desde a atenção aos pedidos necessários ao tratamento da família e do paciente, até ausência as visitas e descasos a todo processo do tratamento.
Como podemos perceber a internação vai bem melhor a partir do compromisso de todos para a recuperação do paciente, seja qual for a forma da internação que foi realizada.
Sueli Moreira
Contato do Autor
55 11 9.9557.5781
Remoção e Internação
Remoção é Salvação
Trata-se de uma prestação de serviço utilizado pelas clínicas no tratamento da dependência química e alcoolismo, em que transporta o paciente com segurança até uma unidade de tratamento.
Todo momento é muito importante para se estabelecer o bom relacionamento com o paciente, mas os primeiros contatos marcam a condição para o tratamento do mesmo. Muitas fantasias podem permear nesse momento, quando a família e o paciente não são bem orientados. Levar o paciente até uma unidade de internação deve garantir a segurança e a compreensão de que a medida é para seu bem estar e da família também.
Compreendemos que o tratamento já começa no transporte e nos primeiros contatos com os profissionais que irão ajudá-lo.
Fazem-se necessários que os familiares ajudem nesse processo, sendo firmes, calmos e decididos para uma atuação conjunta e eficaz da equipe multidisciplinar. A família deve se preparar para eventuais situações inesperadas, desde desistência da internação, que significa desistir de se tratar, fugas, ameaças, atos agressivos, entre outros. E, para a família, geralmente, é mais complicado lidar com tais questões pelos fatores anteriores já vivenciados. Lembrando ainda que remoções de primeira vez são totalmente diferentes de remoções posteriores.
Muitas vezes, a família por estar tão abalada e desorganizada pela situação do vício dentro do lar, não mais conseguem conversar, estabelecer as regras e limites com sensatez. E, uma remoção até a clínica ou uma comunidade, que poderia ser de modo tranquilo e satisfatório, pode ser interrompida, quando não é feita por profissionais especializados para transportar o paciente até ao local de tratamento.
Remover é muito além do que levar um paciente de um local a outro. Significa entre tantas coisas, remover medos, remover insegurança, remover, dúvidas, fantasias, que permeiam a mente do dependente químico e da família também.
Remover um paciente de seu ambiente até uma unidade de tratamento pode ser a vitória de tê-lo mais uma vez vivo, pois a cada saída e uso do álcool ou drogas ilícitas poderá corresponder mais um acometimento na saúde, uma overdose, uma prisão, um crime, etc.
Outro aspecto importante é saber a qualidade dessa remoção, observando a condição de transporte, quais profissionais e identificação dos que prestam o serviço, se pertencem a própria Unidade de Serviço ou de uma prestação terceirizada.
Certamente, que nesse serviço uma série de outras informações são pertinentes, das quais trataremos em outro artigo.
Sueli Moreira
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