Adicção, Clínica de Reuperação
Mentiras sobre adicção
Existem muitas crenças populares sobre uso de álcool e drogas, e muitas delas são mitos. Veja aqui as principais mentiras e verdades sobre drogas.
Fundo do poço
Uma delas é que a pessoa precisa chegar ao fundo do poço antes que possa receber ajuda. Isto é totalmente errado. Na verdade, é o contrário. Quanto mais cedo no processo de adicção você puder intervir e ajudar, maiores as vantagens.
Tratamento voluntário
Outro mito é que a pessoa precisa querer ser tratada para melhorar. Pessoas que são forçadas a se tratar se recuperam sim. Isto pode ser mais difícil mas funciona. Mas não basta internar a pessoa numa clinica contra a vontade dela, sem outro motivador. Precisa mais do que isto. Adictos podem ser empurrados para entrar em programas de tratamento pelos patrões, familiares ou a polícia se quem tiver empurrando deixar claro os benefícios disto, ou os prejuízos de não participar do programa. Chefes podem ameaçar demitir alguém se não se tratar, uma esposa pode ameaçar abandonar o relacionamento, ou a justiça pode oferecer tratamento para relaxar a pena. (Nos Estados Unidos, pessoas condenadas por crimes não violentos relacionados a drogas podem ir para tribunais especializados alternativos, onde podem reduzir a sentença ou mesmo evitar a prisão se entrarem num programa intensivo de tratamento.) Na verdade, pesquisas mostram que os resultados entre os que foram obrigados a fazer tratamento podem ser tão bons quanto dos que entraram em tratamento voluntariamente.
Adictos são maus, loucos ou burros
Pesquisas mostram que adictos não são pessoas más que precisam se tornar boas, pessoas insanas que precisam recuperar a sanidade, ou ignorantes que precisam de educação. Adictos possuem uma doença cerebral que vai além do uso de drogas.
Adictos possuem um problema de força de vontade
Este é uma crença antiga, provavelmente baseada no desejo de culpar os adictos pelo uso de drogas em excesso. Este mito é reforçado pela observação de que a maioria dos tratamentos para alcoolismo e adicção são comportamentais, do tipo terapia com psicólogo, que tendem a criar auto-controle. Mas adicção ocorre numa área do cérebro chamada sistema mesolímbico de dopamina, que não está sob controle consciente.
Adictos deveriam ser punidos, e não tratados, por usarem drogas
A ciência está demonstrando que os adictos têm uma doença cerebral que faz com que eles tenham um controle deficiente do uso de drogas. Adictos precisam de tratamento para a o problema neuroquímico cerebral.
Pessoas adictas a uma droga são adictas a todas as drogas
Apesar de isto acontecer algumas vezes, a maioria das pessoas que são dependentes de drogas podem ser dependentes de uma ou duas drogas, mas não todas. Isto acontece provavelmente devido ao jeito que cada droga se “encaixa” à química cerebral da pessoa.
Adictos não podem ser tratados com medicamentos
Na verdade, adictos são desintoxicados em hospitais, quando necessário, com freqüência. Mas será que eles podem ser tratados com medicamentos depois da desintoxicação? Novos remédios estão sendo desenvolvidos para ajudar os pacientes que já pararam de usar drogas para restringir a fissura por drogas viciantes. Estes remédios reduzem as chances de recaídas e aumentam a eficácia de terapias com psicólogos.
Adicção é tratada com terapia comportamental, então deve ser um problema de comportamento
Novos estudos de mapeamento do cérebro estão mostrando que tratamento comportamentais, do tipo psicoterapia, e remédios agem igualmente alterando as funções cerebrais. Então, adicção é uma doença do cérebro que pode ser tratada mudando funções cerebrais, atraves de diversos tipos de tratamentos.
Alcoólatras podem parar de beber simplesmente participando de reuniões do AA, então eles não podem ter uma doença cerebral
A palavra chave aqui é esta “simplesmente”. Para a maioria das pessoas, AA é um trabalho duro e eterno dos Doze Passos. Este sistema de ajuda entre pessoas com uma experiência comum é um dos ingredientes ativos da recuperação no AA. Mas o AA não funciona para todo mundo, mesmo para muitas pessoas que querem realmente parar de beber.
Fonte: Que Droga
Clínica de Reuperação, Remoção e Internação
Internação Voluntária e Copulsória
A aceitação do tratamento já garante a possibilidade de um grande sucesso na intervenção terapêutica.
COMPULSÓRIA
A escravidão ao vício exerce forte poder sobre o indivíduo que não consegue mais exercer as atividades naturais da vida como: trabalhar, estudar, conviver adequadamente na família, fica desaparecido por dias, perda de interesse pela vida, consome todas as economias para retroalimentar o vício, complicações em atos comprometedores, agressivos e até criminais. Neste caso, o paciente adicto ativo precisa de uma intervenção urgente para se tratar, pois não aceita que está doente e, que não consegue parar sozinho, outras ainda se comprometendo gravemente no crime, e na partida do suicídio mais direto ou não. E, nesse estágio, coloca em risco seus familiares e sociedade também.
A mente já não mais conseguindo frear os impulsos e apelos do vício, se faz importante a intervenção de alguém que o faz parar. Alguém que o ama, que se ama e preserva a vida acima de tudo. E, a internação se faz inevitável para que a vida possa prosseguir.
De fato, internar quem nem se considera necessitado de cuidados é no mínimo complicado, mas certamente significa evitar uma catástrofe maior. A família fica tocada pelo ato que enfrenta comportamentos de revolta, resistências, agressividades verbais ou físicas, lamentos, promessas, entre outras.
A primeira internação compulsória costuma ser mais traumática, pois ela ocorre depois de uma imensidão de comportamentos desajustados e danosos para o adicto e seus familiares, e cansados de tanto tentar tantas coisas sem resultado, só resta pedir a ajuda de uma instituição que possa dar um alívio para aquele sofrimento que se arrasta ao longo dos tempos.
Há muitas lágrimas por ferir internamente, ao ver o ente querido sendo afastado do lar e das expectativas e sonhos que a família nutriu pelo familiar. E, agora presencia a retirada do mesmo no seio parental. Esse pensamento deve ser tratado com o apoio de todos, mas na grande maioria, o clima familiar está degradado e carregado de conflitos nos quais todos estão sozinhos e quebrados internamente também. E uma instituição que possa ajudar nesse processo delicado é o ideal para suportar esse período.
É fato também que com o passar dos dias, após a internação, a família vivencia a paz de saber que o seu familiar está resguardado de uma série de complicações que o tornaria mais vulnerável caso estivesse ainda no convívio social externo. E, passam a acalmar os ânimos, as culpas, os medos, as fantasias, etc. ao passo que o paciente enfrentará a tentativa da equipe que mais uma vez deseja investir em alguém que julga não precisar de internação. E, surpresas acontecem a medida que a desintoxicação vai acontecendo. Vai percebendo que sua revolta é extremada, que pessoas estão querendo ajudá-lo, que não conseguiria parar sozinho, que fizera coisas que envergonha a si mesmo. Muitas vezes, passando a agradecer o ato da internação pressionada por pessoas que o ama. E, se lá está é porque alguém ainda está investindo nele. E, que ainda acredita que vale a pena investir nele(a). Em vários casos ainda é possível verificar uma aceitação muito melhor e adesão ao tratamento se comparado á muitos pacientes que adentram uma clínica por livre e espontânea vontade, mas no decorrer dos dias, quer ir embora, acha que não precisa mais ficar no tratamento, acha que só permitiu a internação por estar sob qualquer pressão para justificar o ato de sua aceitação momentânea, mas internamente não estava querendo de fato se libertar da escravidão do vício. E, não pensa o quanto a família está tocada pela decisão do próprio paciente querer se internar.
E, muitas internações aparentemente voluntárias, há interesses escondidos que querem alcançar, abreviando acontecimentos para chegar ao intuito como; heranças, relacionamentos perdidos, continuar manipulando a família, conseguir algo solicitado á família, manter dependência do grupo ou de alguém em especial, enfim os motivos das internações voluntárias muitas vezes são apenas pano de fachada e que se mostra sua realidade no decorrer dos dias da internação. Observamos as exigências, as indignações, as barganhas, a postura do pobre coitado, usa esse fato de ter vindo para a internação por livre e espontânea vontade e achar que pode ter mais direitos do que outros internos e sobre a família também. Esses fatos são muito intensos, não sendo possível citar todos por hora. Assim como, há internações voluntárias, muito sinceras também.
É preciso lembrar que cada caso é um desafio para ser avaliado e tratado à parte. E, nesse caso, a ajuda da família também vai estabelecendo a estrutura melhor da internação ou rompimento da mesma, por agravar os comportamentos doentes. É preciso que todos estejam conectados na melhoria intima do paciente, assim como a família também, que pode abraçar o tratamento próprio, de modo voluntário e consciente ou apenas compulsório que poderá evoluir para um sucesso ou mais perdas ainda. De ambos os lados, todos precisam levar a sério a internação seja ela o modo que for. E , a equipe vai percebendo claramente as boas ou agravantes atitudes da família, desde a atenção aos pedidos necessários ao tratamento da família e do paciente, até ausência as visitas e descasos a todo processo do tratamento.
Como podemos perceber a internação vai bem melhor a partir do compromisso de todos para a recuperação do paciente, seja qual for a forma da internação que foi realizada.
Sueli Moreira
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